O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou uma fazenda experimental da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) localizada na zona rural de Mossoró.
Segundo o movimento, cerca de 200 famílias das brigadas Chico Mendes, Vale do Janduís e Chapada do Apodi, da região Oeste do estado, ocuparam a fazenda que estava desativada há mais de 3 anos.
Foi a primeira ocupação no RN da Jornada de Lutas em Defesa da Reforma Agrária que o MST realiza ao longo de abril. Outras atividades, como marchas, atos e protestos, também estão previstas. Com o lema “Ocupar para o Brasil alimentar!”, o movimento denuncia a concentração de terras e a reforma agrária como solução para a fome.
Em nota, a Ufersa confirmou a ocupação nas dependências do Núcleo de Geração e Transferência de Tecnologia em Produção Animal do Semiárido (NUTESA). A universidade informou que as primeiras medidas foram tomadas de imediato a fim de garantir a segurança dos profissionais que atuam na unidade, e que a situação está sendo monitorada por uma equipe técnica da instituição.
“O Gabinete da Reitoria da Ufersa já abriu diálogo com o movimento visando articular um desfecho pacífico e garantidor da integridade patrimonial da instituição”, disse a instituição.
Em março, o MST-RN já fez outras manifestações no estado. No dia 13, mulheres do movimento realizaram duas ações diferentes contra o avanço do capital de exploração energética sobre as comunidades tradicionais do estado.
Seguindo o calendário de luta da Jornada Nacional das Mulheres Sem Terra, o coletivo de mulheres do MST fez primeiro um escracho na subestação João Câmara III, da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), uma das maiores do estado, localizada na comunidade de Queimadas, no município de João Câmara, região do Mato Grande. Nas paredes da subestação, elas escreveram a palavra “crime” e jogaram baldes de tinta vermelha.
Ainda como parte da programação da Jornada das Mulheres Sem Terra, o MST ocupou o cruzamento da BR-406 com a RN-120, sentido Parazinho.
Cerca de 500 famílias se uniram para denunciar os crimes ambientais cometidos pelo agronegócio, reivindicando pautas históricas no estado, como o assentamento das 100 famílias no Baixo Assú, que são parte das 5 mil famílias acampadas em todo o estado que seguem aguardando a desapropriação das terras.
FONTE: Portalsaibamais.jor.br
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