terça-feira, 24 de junho de 2025

CUIDADO: Veterinária alerta para os riscos dos fogos de artifício para pets durante festas juninas

Mesmo sendo parte tradicional das comemorações juninas, os fogos de artifício com estampido continuam gerando riscos graves à saúde e ao bem-estar dos animais domésticos. De acordo com a médica-veterinária Kátia Freire, professora da Universidade Potiguar (UnP), os sons intensos e repentinos podem desencadear crises de ansiedade, problemas respiratórios e alterações cardíacas em cães, gatos e outros pets, especialmente os mais vulneráveis.

“É preciso compreender que os animais possuem uma audição muito mais aguçada que a dos seres humanos, em alguns casos, até dez vezes mais sensível. Por isso, o barulho intenso e repentino das explosões provoca reações de medo, dor, estresse e desorientação”, explicou a especialista.

Efeitos colaterais podem ser fatais
Segundo a veterinária, os efeitos do barulho nos pets variam de tremores e latidos excessivos até fugas e mortes por estresse.

“Infelizmente, não são raros os casos de animais que morrem em decorrência do estresse ou que fogem em desespero e acabam atropelados ou feridos”, alerta Kátia.

Além dos animais, o barulho também atinge pessoas com hipersensibilidade auditiva e neurodivergentes, provocando crises intensas de dor ou pânico.

Filhotes, animais idosos ou com doenças preexistentes estão entre os mais suscetíveis. A professora da UnP também destaca que os impactos não se restringem ao momento da explosão dos fogos. O trauma pode persistir, gerando fobias sonoras e até comportamento agressivo.

“Muitos desenvolvem fobias sonoras, comportamentos agressivos ou medo de ambientes abertos”, completa.

Como proteger os animais
A principal recomendação da especialista é clara: evitar fogos barulhentos. “Já existem alternativas modernas e encantadoras, como espetáculos com drones e projeções visuais — soluções inovadoras e ambientalmente corretas”, sugere.

Quando não for possível evitar o contato com os sons, a orientação é abrigar os animais em locais fechados, seguros e tranquilos. Música ambiente suave pode ajudar a abafar o som externo. Para casos recorrentes, o ideal é buscar ajuda profissional.

“Se o animal já teve crises em anos anteriores, é fundamental procurar um veterinário. Em alguns casos, pode ser necessário um tratamento com medicamentos ou técnicas de dessensibilização”, explica Kátia.

Sobre a UnP e o Ecossistema Ânima

A Universidade Potiguar (UnP) atua há mais de 40 anos no Rio Grande do Norte e mantém unidades em Natal, Mossoró e Caicó. Oferece cursos presenciais e a distância em diversas áreas, incluindo graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado. A instituição integra o Ecossistema Ânima, um dos maiores grupos privados de ensino superior do país.

O grupo reúne cerca de 370 mil estudantes em mais de 500 polos educacionais no Brasil e também abriga iniciativas voltadas para inovação na educação e formação médica, como a Inspirali, responsável pela estrutura acadêmica dos cursos de Medicina nas instituições associadas.

FONTE: O Poti News

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