sexta-feira, 29 de agosto de 2025

CULTURA: +Festival Originalidades vai movimentar a Casa da Ribeira com uma programação gratuita

Uma tela aberta para exibir produções que transbordam arte, identidade e representatividade. É o roteiro que vai conduzir o +Festival Originalidades, que vai movimentar a Casa da Ribeira nos dias 29 e 30 (sexta e sábado), com uma programação gratuita e repleta de produções audiovisuais locais, nacionais e internacionais. O evento também vai marcar a inauguração oficial da Sala de Exibição Casa da Ribeira, um sistema de vídeo e som de ponta, que tornará a experiência cinematográfica ainda mais intensa. Natal volta a ter uma sala de rua para se ver.


O +Festival afirma a sua proposta de oferecer uma reflexão sobre a potência do audiovisual enquanto instrumento de resistência, memória e expressão, dividindo a programação em quatro eixos temáticos: mostras de cinema indígena, negro, mulheres e LGBTQIAPN+, reunindo produções que dão visibilidade a narrativas historicamente silenciadas e reafirmam o cinema como território de pluralidade e transformação.

Serão exibidos 20 curtas e quatro longas-metragens. As sessões serão realizadas em dois horários, das 14h às 18h e das 19h às 22h, sendo compostas por bate-papo e exibição dos filmes. Baseado em urgências contemporâneas, o +Festival Originalidades almeja a conexão da plateia com histórias que atravessam afetos, territórios, ancestralidades e dissidências. “Mais do que um festival, uma experiência de escuta, reconhecimento e encantamento”, segundo Henrique Fontes, diretor social, e Alessandra Augusta, presidenta da Casa.

A programação começará nesta sexta, das 14 às 18h, com o bate-papo “A Atual Produção Indígena no Audiovisual”, com Geyson Fernandes e Priscilla Vilela. Serão exibidos os curtas “Javyju – bom dia”, “Corraveara”, “Ixé Iandé (eu, nós)”, “Goela Abaixo” e “Minha câmera é minha flecha”. Será exibido o longa “Sekhdese” (PE, 2023), de Alice Gouveia e Graciela Guarani. A obra documental mergulha nas profundezas das aldeias indígenas do sertão pernambucano para debater o etnocídio físico, cultural e religioso.

Ainda na sexta, das 19 às 22h, terá o bate-papo “Cinema Negro Feito por Gente Negra”, com Gabriel Soares e Gaby Adaayo. Serão exibidos os curtas “Jóias de Orixá”, “Mar de Dentro”, “Sankofa”, “O Céu Não Sabe o Meu Nome’ e “A Menina que Queria Voar”. O longa da noite será “As Dores do Mundo: Hyldon” (RJ, 2025), de Emilio Domingos e Felipe David Rodrigues. O filme conta a história do cantor e compositor Hyldon, um dos maiores nomes da soul music brasileira, ao lado de Tim Maia e Cassiano. A obra aborda desde a sua infância até a gravação de seu primeiro álbum, o clássico“”Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda”.

A programação do sábado, 14 às 18h, vai começar com o debate “A Ascensão do Cinema Feito por Mulheres”, com Dênia Cruz e Múcia Teixeira. Serão exibidos os curtas “Ocorrência”, “Deságua”, “À Borda da Vida”, “Lagrimar” e “Canto de Acauã”. O longa da tarde será “Manas” (Brasil, 2024), de Marianna Brennand. O filme conta a história de Marcielle (Jamilli Correia), uma jovem de 13 anos, moradora da Ilha de Marajó (Pará), que decide romper com o ciclo de violência que cerca sua família e as mulheres ao seu redor.

A temática LGBT+ dará o tom das 19 às 22h, com o bate-papo “A Potência das Narrativas de Gênero no Cinema”, com Luá Alves Belli e Marcone Soares. Serão exibidos os curtas “Eu não sei se vou ter que falar tudo de novo”, “Mãe”, “Marcia Antonelli: Das Palavras à Sobrevivência”, “Melatonina”, e “Como Nasce um Rio”. O longa-metragem será “Orlando, Minha Biografia Política” (França, 2023), de Paul B. Preciado. O acadêmico que virou cineasta premiado Paul B. Preciado, conta histórias de transição dele e de outras pessoas trans por meio de reconstituições únicas e interpretações visuais do clássico “Orlando”, de Virginia Woolf.

FONTE: Portal Tribuna do Norte 



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