A Justiça do Rio Grande do Norte bloqueou a entrada de novos presos na Cadeia Pública de Ceará-Mirim, na Grande Natal, por conta da superlotação na unidade. Esse é o terceiro presídio potiguar que sofreu medidas de interdição nos últimos meses.
De acordo com a decisão da 2ª Vara Regional de Execuções Penais, a Cadeia Pública de Ceará-Mirim tem capacidade máxima para 1.364 custodiados, mas contava, segundo consulta realizada na terça-feira (7), com 1.448 detentos - 84 a mais que o permitido.
De acordo com a decisão do juiz titular da 2ª Vara Regional de Execução Penal, José Vieira de Figueirêdo Júnior, essa situação "vem se mantendo ao longo do tempo".
Em nota, a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) informou que, por conta de decisão, os presos que estão ingressando ao sistema penitenciário serão remanejados para outras unidades.
A Seap informou ainda que, entre 2019 e 2025, houve um crescimento de 38,7% na população carcerária do Rio Grande do Norte. Atualmente, o sistema prisional do Estado abriga 14.115 apenados em todos os regimes.
Outras duas penitenciárias passaram por decisão semelhantes recentemente:
Em junho, a Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, conhecida também como Pavilhão 5 do Complexo de Alcaçuz, chegou a ser interditada, mas a situação foi resolvida, segundo o juiz de Execuções Penais Henrique Baltazar.
A Penitenciária Estadual do Seridó também teve uma interdição parcial em julho e passou a funcionar com controle de entrada de presos, só podendo receber presos em flagrante da região do Seridó e desde que o estado transfira outros presos para presídios diversos.
Seap: 'Demanda supera a capacidade instalada'
De acordo com a Seap, "a demanda [de presos] ainda supera a capacidade instalada", apesar da ampliação de vagas que tem ocorrido.
Entre as obras, a pasta citou:
a construção de um novo pavilhão em Alcaçuz;
a reforma do Pavilhão 5 da Complexo Penal Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró
a reforma do Complexo Penal João Chaves Feminino;
a construção em curso de um módulo de segurança na Penitenciária Rogério Coutinho Madruga;
a construção e de um novo pavilhão em Caicó.
Segundo a pasta, essa situação não é exclusiva do Rio Grande do Norte, mas reflete um cenário nacional, "que vem sendo enfrentado por meio do Plano Pena Justa, programa que prevê a regulação de vagas e o aperfeiçoamento da gestão prisional em todo o País".
FONTE: Portal G1/RN
.jpg)
0 comments:
Postar um comentário